Filho de Sérgio Machado também vira delator da Lava Jato
Interlocutor das gravações envolvendo integrantes da cúpula do PMDB que provocaram a primeira grave crise do governo Temer, o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado viu um de seus filhos também se tornar delator da Operação Lava Jato.
Expedito Machado Neto passou a colaborar com os investigadores a partir da delação premiada fechada pelo próprio Sérgio Machado.
A informação sobre a delação dele foi divulgada nesta terça-feira (31) pelo jornal “O Estado de S. Paulo”.
A partir da homologação das delações da família Machado pelo STF (Supremo Tribunal Federal), a Procuradoria-Geral da República pode pedir a abertura de novos inquéritos da Lava Jato ou incluir detalhes em investigações que já estão em andamento no tribunal, além de poder pedir que trechos de eventuais menções de pessoas sem foro privilegiado sejam analisados pelo juiz Sergio Moro, no Paraná.
Há a expectativa de que a delação de Machado leve a PGR a apresentar ao STF as primeiras denúncias contra a cúpula do PMDB do Senado por suposta participação nos desvios da Petrobras.
O suposto envolvimento de Expedito no esquema ainda não está claro.
Segundo a publicação, Expedito, conhecido como Did, foi identificado como operador do PMDB do Senado, funcionando como laranja dos senadores peemedebistas, e teria apresentado o caminho do dinheiro desviado de obras e serviços da Transpetro. Ele e seu pai devolverão os recursos desviados, que seriam “surpreendentes”.
A delação de Machado veio a público após a Folha revelar na semana passada que ele teria gravado conversas com peemedebistas para negociar a colaboração. Os áudios divulgados pela reportagem provocaram a primeira crise do governo Temer, levando à saída do senador Romero Jucá (PMDB-RR) do Ministério do Planejamento e de Fabiano Silveira do Ministério da Transparência.
Jucá apareceu defendendo um pacto para deter a Lava Jato. Silveira, integrante do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), teria tratado de orientações sobre as defesas de investigados na Lava Jato.
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), padrinho de Machado, também foi gravado.
Machado vinha conversando há alguns meses com os investigadores para tentar costurar a delação, revelando detalhes do esquema de corrupção em troca de benefícios, mas, inicialmente, chegou a enfrentar resistências pelo material oferecido. Apontado como afilhado do presidente do Senado, Machado ocupou o comando da subsidiária por dez anos e só saiu após os desdobramentos das investigações do esquema.
Machado e Renan são alvos de apurações no Supremo por suspeita de envolvimento com o esquema de corrupção da Petrobras. O ex-presidente da Transpetro também faz parte de um pedido da Procuradoria para que seja incluído como investigado no principal inquérito da Lava Jato, que apura se uma organização criminosa atuou nos desvios da estatal.
Delatores como Paulo Roberto Costa, Alberto Youssef, Fernando Baiano, Ricardo Pessoa e Nestor Cerveró apontaram Renan como destinatário de propina desviada da Transpetro. Há ainda citações sobre o envolvimento de Machado, que teria aceitado a delação com receio de ser preso.
Segundo investigadores, Machado era uma peça importante para avançar sobre um possível envolvimento da cúpula do PMDB no Senado com os desvios na Petrobras.
Em dezembro, Machado chegou a ser alvo de busca e apreensão da Polícia Federal e do Ministério Público Federal em um dos desdobramentos das investigações.
A Folha mostrou em novembro, que em depoimento à Polícia Federal, Machado disse ainda que sua indicação para o cargo foi patrocinada pelo PMDB nacional. “Tal indicação foi resultado de uma avaliação do próprio partido, por seus líderes, membros e dirigentes, não se podendo atribuí-la a uma pessoa ou outra.
Ele chegou a admitir que teve encontros com Fernando Soares, o Baiano, apontado como operador do PMDB no esquema de corrupção da Petrobras. Fernando Baiano e Paulo Roberto Costa, dois delatores, afirmaram em seus acordos de colaboração premiada que Renan era beneficiário dos desvios da subsidiária.
Costa, ex-diretor de Abastecimento, disse ainda que Machado lhe entregou ainda R$ 500 mil em espécie. Investigadores encontraram anotações de Costa com FB e Navios, que segundo a PF são referências a Fernando Baiano e Transpetro.
Questionado pela PF sobre reuniões com Fernando Baiano, Sérgio Machado reconheceu que conhece o lobista e que estiveram juntos na Transpetro “em algumas oportunidades, com o propósito de tratar de empresas que ele [Baiano] representava.”
O presidente do Senado tem negado que tenha relação com o esquema de corrupção na estatal e sempre disse que suas relações com dirigentes de empresas públicas “nunca ultrapassaram os limites institucionais”.
Procurado, Machado não foi localizado para se manifestar. A defesa de Expedito afirmou que não comentaria o caso porque está sob sigilo, mas disse que ele “não é operador financeiro nem tem relação com políticos”.
Interlocutor das gravações envolvendo integrantes da cúpula do PMDB que provocaram a primeira grave crise do governo Temer, o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado viu um de seus filhos também se tornar delator da Operação Lava Jato.
Expedito Machado Neto passou a colaborar com os investigadores a partir da delação premiada fechada pelo próprio Sérgio Machado.
A informação sobre a delação dele foi divulgada nesta terça-feira (31) pelo jornal “O Estado de S. Paulo”.
A partir da homologação das delações da família Machado pelo STF (Supremo Tribunal Federal), a Procuradoria-Geral da República pode pedir a abertura de novos inquéritos da Lava Jato ou incluir detalhes em investigações que já estão em andamento no tribunal, além de poder pedir que trechos de eventuais menções de pessoas sem foro privilegiado sejam analisados pelo juiz Sergio Moro, no Paraná.
Há a expectativa de que a delação de Machado leve a PGR a apresentar ao STF as primeiras denúncias contra a cúpula do PMDB do Senado por suposta participação nos desvios da Petrobras.
O suposto envolvimento de Expedito no esquema ainda não está claro.
Segundo a publicação, Expedito, conhecido como Did, foi identificado como operador do PMDB do Senado, funcionando como laranja dos senadores peemedebistas, e teria apresentado o caminho do dinheiro desviado de obras e serviços da Transpetro. Ele e seu pai devolverão os recursos desviados, que seriam “surpreendentes”.
A delação de Machado veio a público após a Folha revelar na semana passada que ele teria gravado conversas com peemedebistas para negociar a colaboração. Os áudios divulgados pela reportagem provocaram a primeira crise do governo Temer, levando à saída do senador Romero Jucá (PMDB-RR) do Ministério do Planejamento e de Fabiano Silveira do Ministério da Transparência.
Jucá apareceu defendendo um pacto para deter a Lava Jato. Silveira, integrante do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), teria tratado de orientações sobre as defesas de investigados na Lava Jato.
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), padrinho de Machado, também foi gravado.
Machado vinha conversando há alguns meses com os investigadores para tentar costurar a delação, revelando detalhes do esquema de corrupção em troca de benefícios, mas, inicialmente, chegou a enfrentar resistências pelo material oferecido. Apontado como afilhado do presidente do Senado, Machado ocupou o comando da subsidiária por dez anos e só saiu após os desdobramentos das investigações do esquema.
Machado e Renan são alvos de apurações no Supremo por suspeita de envolvimento com o esquema de corrupção da Petrobras. O ex-presidente da Transpetro também faz parte de um pedido da Procuradoria para que seja incluído como investigado no principal inquérito da Lava Jato, que apura se uma organização criminosa atuou nos desvios da estatal.
Delatores como Paulo Roberto Costa, Alberto Youssef, Fernando Baiano, Ricardo Pessoa e Nestor Cerveró apontaram Renan como destinatário de propina desviada da Transpetro. Há ainda citações sobre o envolvimento de Machado, que teria aceitado a delação com receio de ser preso.
Segundo investigadores, Machado era uma peça importante para avançar sobre um possível envolvimento da cúpula do PMDB no Senado com os desvios na Petrobras.
Em dezembro, Machado chegou a ser alvo de busca e apreensão da Polícia Federal e do Ministério Público Federal em um dos desdobramentos das investigações.
A Folha mostrou em novembro, que em depoimento à Polícia Federal, Machado disse ainda que sua indicação para o cargo foi patrocinada pelo PMDB nacional. “Tal indicação foi resultado de uma avaliação do próprio partido, por seus líderes, membros e dirigentes, não se podendo atribuí-la a uma pessoa ou outra.
Ele chegou a admitir que teve encontros com Fernando Soares, o Baiano, apontado como operador do PMDB no esquema de corrupção da Petrobras. Fernando Baiano e Paulo Roberto Costa, dois delatores, afirmaram em seus acordos de colaboração premiada que Renan era beneficiário dos desvios da subsidiária.
Costa, ex-diretor de Abastecimento, disse ainda que Machado lhe entregou ainda R$ 500 mil em espécie. Investigadores encontraram anotações de Costa com FB e Navios, que segundo a PF são referências a Fernando Baiano e Transpetro.
Questionado pela PF sobre reuniões com Fernando Baiano, Sérgio Machado reconheceu que conhece o lobista e que estiveram juntos na Transpetro “em algumas oportunidades, com o propósito de tratar de empresas que ele [Baiano] representava.”
O presidente do Senado tem negado que tenha relação com o esquema de corrupção na estatal e sempre disse que suas relações com dirigentes de empresas públicas “nunca ultrapassaram os limites institucionais”.
Procurado, Machado não foi localizado para se manifestar. A defesa de Expedito afirmou que não comentaria o caso porque está sob sigilo, mas disse que ele “não é operador financeiro nem tem relação com políticos”.