Um dos três policiais militares mortos em confronto com bandidos em Quixadá, o cabo Joel Oliveira, publicou mensagem de despedida em um grupo de amigos no Whatsapp no dia anterior a sua morte. O crime aconteceu na quinta-feira (30) e elevou para 14 o número de PMs mortos no Ceará em 2016. Três homens envolvidos indiretamente com o caso foram presos na noite da sexta-feira (1°). O governador Camilo Santana visitou sargento que ficou ferido na troca de tiros.
A morte dos policiais gerou comoção no estado, principalmente no município de Quixadá, onde eles atuavam. O estudante de Direito Danilo Uchoa era amigo de Joel desde que cursaram juntos a faculdade de História, no campus da Universidade Estadual do Ceará (UECE) em Quixadá. No grupo de amigos da época, no Whatsapp, Joel fez sua última postagem na noite anterior ao crime.
“Amigos, por motivo de força maior, terei que sair desse e dos demais grupos. Agradeço o tempo de convívio juntos. Infelizmente a vida, em determinadas situações, nos torna diferentes em nossos destinos. Fiquem com Deus e nos vemos por aí”, dizia a mensagem. O texto, no entanto, era seguido da foto de um suposto ganhador da mega-sena. Em seguido, o próprio Danilo brinca, pedindo ao amigo para compartilhar o dinheiro.
“No outro dia, postaram que ele tinha morrido. Ele era muito amigo, muito próximo de todo mundo”, lamenta Danilo. Joel deixa esposa e uma filha de pouco mais de um ano de idade.
No episódio, a família de Joel perdeu dois entes. Ele e o soldado Antônio Filho eram primos e trabalhavam juntos no dia em que foram mortos. Dias antes da morte, no domingo (26), o soldado publicou uma foto em seu Facebook, comemorando os sete anos na Polícia Militar do Ceará. Ele também deixa esposa e uma filha adolescente.
Aposentadoria
Já o sargento Francisco Guanabara aguardava a confirmação de sua aposentadoria, após 30 anos de serviço na Força Militar e na Polícia.
O presidente da Associação dos Profissionais da Segurança (APS), sargento Reginauro Sousa, à qual Guanabara era filiado, pontuou que, se não houvesse burocracia no processo, o policial já deveria estar aposentado. O requerimento de entrada nos quadros da reserva e de promoção a subtenente foi feita por volta de março deste ano. “Era um homem muito dedicado, ajudava a mãe, e deixa família órfã”.
Prisões
Na noite da sexta-feira (1º), três homens envolvidos indiretamente com a morte dos policiais foram presos, segundo a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS). Eles estavam envolvidos na ocorrência inicial que resultou na morte dos profissionais, mas não foram os autores dos homicídios. Ele haviam fugido pela mata após confronto com a PM.
O crime aconteceu na quinta-feira, quando policiais da Força Tática de Apoio (FTA) receberam uma ocorrência em andamento envolvendo um veículo modelo Onix. Ao se deslocarem para a ocorrência, ainda na estrada, depararam-se com um bando de criminosos, supostamente ladrões de bando. Houve, então o primeiro confronto. Os policiais pediram reforços. Antes da chegada do apoio, os criminosos conseguiram dar a volta e fugir e, na estrada, colidiram de frente com as duas viaturas do reforço. Os bandidos desceram do carro, de modelo Hilux, e atiraram nos policiais: três morreram, um ficou ferido após fingir-se de morto na viatura e outros dois foram levados como reféns, juntamente com uma das viaturas.
Quando as outras viaturas chegaram para socorrer os policiais, depararam-se com o carro modelo Onix, que iniciou a ocorrência. Houve outra troca de tiros e os bandidos fugiram pela mata. Eles não integram o bando que matou os policiais. O relato é da SSPDS.
Governador
O governador Camilo Santana visitou o sargento Campos, que ficou ferido no confronto e está internado no Instituto José Frota (IJF), na tarde da sexta-feira. O chefe do Executivo estava acompanhado do secretário adjunto da SSPDS, Lauro Prado, e do delegado da Polícia Civil, Andrade Júnior. Camilo passou cerca de meia hora com o sargento e ouviu o relato do crime.
As informações de quem já conversou com o sargento Campos são de que ele está muito traumatizado com o fato. O presidente da APS, sargento Reginauro, pede que as pessoas evitem expor o profissional, divulgando informações inverídicas sobre supostos relatos dele. Campos precisou se fingir de morto para sobreviver a ação dos criminosos.
Além de Campos, Reginauro ressalta que será imprescindível suporte psicológico para os policiais feitos reféns, Michele e Ribamar. Michele está há apenas um ano na Polícia, segundo Reginauro. “A polícia no Ceará, hoje, não tem o devido suporte clínico para dar o atendimento que essas pessoas precisam. São profissionais do Interior que precisam de acompanhamento eficiente e permanente”, cobra o sargento.
Tribuna do Ceará
A morte dos policiais gerou comoção no estado, principalmente no município de Quixadá, onde eles atuavam. O estudante de Direito Danilo Uchoa era amigo de Joel desde que cursaram juntos a faculdade de História, no campus da Universidade Estadual do Ceará (UECE) em Quixadá. No grupo de amigos da época, no Whatsapp, Joel fez sua última postagem na noite anterior ao crime.
“Amigos, por motivo de força maior, terei que sair desse e dos demais grupos. Agradeço o tempo de convívio juntos. Infelizmente a vida, em determinadas situações, nos torna diferentes em nossos destinos. Fiquem com Deus e nos vemos por aí”, dizia a mensagem. O texto, no entanto, era seguido da foto de um suposto ganhador da mega-sena. Em seguido, o próprio Danilo brinca, pedindo ao amigo para compartilhar o dinheiro.
“No outro dia, postaram que ele tinha morrido. Ele era muito amigo, muito próximo de todo mundo”, lamenta Danilo. Joel deixa esposa e uma filha de pouco mais de um ano de idade.
No episódio, a família de Joel perdeu dois entes. Ele e o soldado Antônio Filho eram primos e trabalhavam juntos no dia em que foram mortos. Dias antes da morte, no domingo (26), o soldado publicou uma foto em seu Facebook, comemorando os sete anos na Polícia Militar do Ceará. Ele também deixa esposa e uma filha adolescente.
Aposentadoria
Já o sargento Francisco Guanabara aguardava a confirmação de sua aposentadoria, após 30 anos de serviço na Força Militar e na Polícia.
O presidente da Associação dos Profissionais da Segurança (APS), sargento Reginauro Sousa, à qual Guanabara era filiado, pontuou que, se não houvesse burocracia no processo, o policial já deveria estar aposentado. O requerimento de entrada nos quadros da reserva e de promoção a subtenente foi feita por volta de março deste ano. “Era um homem muito dedicado, ajudava a mãe, e deixa família órfã”.
Prisões
Na noite da sexta-feira (1º), três homens envolvidos indiretamente com a morte dos policiais foram presos, segundo a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS). Eles estavam envolvidos na ocorrência inicial que resultou na morte dos profissionais, mas não foram os autores dos homicídios. Ele haviam fugido pela mata após confronto com a PM.
O crime aconteceu na quinta-feira, quando policiais da Força Tática de Apoio (FTA) receberam uma ocorrência em andamento envolvendo um veículo modelo Onix. Ao se deslocarem para a ocorrência, ainda na estrada, depararam-se com um bando de criminosos, supostamente ladrões de bando. Houve, então o primeiro confronto. Os policiais pediram reforços. Antes da chegada do apoio, os criminosos conseguiram dar a volta e fugir e, na estrada, colidiram de frente com as duas viaturas do reforço. Os bandidos desceram do carro, de modelo Hilux, e atiraram nos policiais: três morreram, um ficou ferido após fingir-se de morto na viatura e outros dois foram levados como reféns, juntamente com uma das viaturas.
Quando as outras viaturas chegaram para socorrer os policiais, depararam-se com o carro modelo Onix, que iniciou a ocorrência. Houve outra troca de tiros e os bandidos fugiram pela mata. Eles não integram o bando que matou os policiais. O relato é da SSPDS.
Governador
O governador Camilo Santana visitou o sargento Campos, que ficou ferido no confronto e está internado no Instituto José Frota (IJF), na tarde da sexta-feira. O chefe do Executivo estava acompanhado do secretário adjunto da SSPDS, Lauro Prado, e do delegado da Polícia Civil, Andrade Júnior. Camilo passou cerca de meia hora com o sargento e ouviu o relato do crime.
As informações de quem já conversou com o sargento Campos são de que ele está muito traumatizado com o fato. O presidente da APS, sargento Reginauro, pede que as pessoas evitem expor o profissional, divulgando informações inverídicas sobre supostos relatos dele. Campos precisou se fingir de morto para sobreviver a ação dos criminosos.
Além de Campos, Reginauro ressalta que será imprescindível suporte psicológico para os policiais feitos reféns, Michele e Ribamar. Michele está há apenas um ano na Polícia, segundo Reginauro. “A polícia no Ceará, hoje, não tem o devido suporte clínico para dar o atendimento que essas pessoas precisam. São profissionais do Interior que precisam de acompanhamento eficiente e permanente”, cobra o sargento.
Tribuna do Ceará